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PIB em Alta, Povo em Queda: A Economia Cresce, Mas o Brasil Real Continua em Crise

  • cdl455
  • 20 de abr.
  • 3 min de leitura

Em abril de 2025, o governo comemora um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 3,4% em 2024 e tenta convencer a população de que “o Brasil está no rumo certo”. Mas enquanto os números de Brasília sobem, o carrinho de supermercado do trabalhador desce ladeira abaixo. A realidade nas gôndolas, nos postos de gasolina e nas feiras populares mostra outro país — um país caro, desigual e sufocado por uma carga tributária que consome quase um terço da renda.


Crescimento econômico para quem?


O PIB do Brasil fechou 2024 em R$ 11,7 trilhões, segundo o IBGE. O setor de serviços, puxado por tecnologia e bancos, liderou esse avanço. Mas o brasileiro comum não trabalha em banco nem vive da bolsa de valores. Ele sente no bolso a inflação dos alimentos — com o arroz ultrapassando R$ 30 o pacote de 5kg em algumas capitais, o feijão a R$ 9 o quilo, e o litro de leite batendo recordes históricos.


Mesmo com uma inflação anual de 4,83%, abaixo de 2022 e 2023, os produtos da cesta básica subiram acima da média, corroendo o poder de compra dos que mais precisam.


A farsa da tabela do IR e a ilusão do dinheiro no bolso


O governo tenta vender a narrativa de que "sobrou dinheiro no bolso do trabalhador" após o reajuste na tabela do Imposto de Renda, que isentou quem recebe até dois salários mínimos. Mas a alíquota máxima de 27,5% ainda incide sobre qualquer rendimento superior a R$ 4.664,68 — realidade de parte significativa da classe média. Ou seja, quem ganha pouco continua pagando muito.


E quem ganha menos de dois salários mínimos também sofre: é esse brasileiro que paga imposto embutido em tudo — do sabonete ao feijão, do botijão de gás à passagem de ônibus.


A mentira dos números e o silêncio das ruas


Não é de hoje que discursos populistas maquiam dados. O próprio presidente Lula, em mandato anterior, confessou que exagerou dados sobre crianças em situação de rua para comover a comunidade internacional. Em 2025, o enredo se repete: gráficos coloridos e promessas de recuperação não compensam a angústia do povo que aperta o orçamento mês após mês.


No Brasil real, o desemprego continua alto (atingindo cerca de 8,7% segundo o IBGE em março), o subemprego cresce, e a informalidade domina. Mais de 39 milhões de brasileiros vivem sem carteira assinada ou proteção trabalhista — realidade que não aparece nas estatísticas otimistas divulgadas em cadeia nacional.


Quais soluções? A resposta não virá só de Brasília


Para reverter esse cenário, é preciso mais do que maquiagem fiscal:


Reforma tributária verdadeira, que reduza o peso dos impostos sobre o consumo e aumente a tributação sobre grandes fortunas, heranças e dividendos;


Redução dos gastos públicos com privilégios, e redirecionamento para saúde, segurança alimentar e infraestrutura básica;


Políticas de incentivo à produção nacional, especialmente para pequenos e médios produtores rurais e industriais, combatendo a dependência do agronegócio de exportação;


Estímulo ao emprego formal, com desoneração da folha de pagamento para pequenas empresas e requalificação profissional urgente;


Descentralização do crescimento, com investimentos regionais que gerem oportunidades fora dos grandes centros.


O povo não vive de planilha


Em 2025, o Brasil pode ter crescido nos gráficos, mas encolheu nas mesas. O crescimento econômico que não melhora a vida de quem trabalha, estuda, cria filhos e paga impostos não é crescimento de verdade — é ilusão contábil. E a população, cada vez mais consciente, já não se deixa enganar por números sem lastro na realidade.

 
 
 

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